Os tempos mudaram.
Se antigamente ter um emprego fixo era sinal de segurança e prosperidade, hoje não é assim.
Se ter um contrato sem termo era sinal de uma relação durável entre o empregador e o trabalhador, hoje essa não é a realidade.
Em tempos em que a o serviço de música Spotify despede 17% (1500) dos seus trabalhadores[1], em que a Google despede “centenas de trabalhadores” em todo o mundo[2] devido ao sucesso do seu programa de Inteligência Artificial (IA), e em que a Amazon avançará para um corte de várias centenas de trabalhadores nos segmentos de “streaming” e de operações de estúdio depois de em 2023 ter despedido mais de 27 mil pessoas[3], ter um contrato sem termo já não é sinónimo de segurança.
Hoje, ser colaborador não é o caminho para a prosperidade. É ser-se peça numa engrenagem frágil, num jogo do “finge que não vê”, em que tudo pode mudar.
O caminho é ter-se a máquina de produção. Não ser o operário.
O caminho é ter o meio de produção de riqueza, ter a máquina de criação ou extração de valor económico na sociedade. Mesmo que com risco, mesmo que sem certezas, a sua busca e potencial retorno dará maior segurança face a ser-se uma peça na engrenagem frágil.
Bem-vindos aos novos tempos da Sociedade, em que ser-se empreendedor, homem de negócios, dono da máquina de produção, mesmo que arriscado, é o caminho para a prosperidade e segurança.
[1] https://observador.pt/2023/12/04/spotify-vai-despedir-cerca-de-17-de-trabalhadores/
[2] https://observador.pt/2024/01/11/google-despede-centenas-de-trabalhadores-em-todo-o-mundo/
[3] https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/amazon-volta-a-despedir-desta-vez-sao-centenas-no-prime-video-e-estudios
Hi, this is a comment.
To get started with moderating, editing, and deleting comments, please visit the Comments screen in the dashboard.
Commenter avatars come from Gravatar.